segunda-feira, 26 de abril de 2010

AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL - 27/03/2010

O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN
Produção americana de 1962, conta-nos à história de Helen Keller e sua passagem ao mundo da linguagem, privada da visão, da audição e da palavra desde bebê, Helen viveu até os sete anos de idade, prisioneira de um mundo onde a escuridão e o silêncio dominavam. Até que seus pais e familiares, convocam uma professora para ensinar Helen a “falar”, se comportar socialmente. A aposta que é feita no sentido de que Helen, apesar de toda a sua limitação poderia aprender: Anne Sullivan, a professora, entra em cena, com todo o seu desejo a causar Helen a sair da escuridão. Na cena do nascimento do pinto, saindo do ovo, em que a professora de Helen (enquanto ela segura o pinto para que ele não saia do ovo) diz que a galinha tem que sair da casca um dia, e pede para que Helen também saia da sua casca. Uma metáfora bastante simples, mas eficaz no contexto da obra. Os pais da menina estão satisfeitos com a “domesticação” de Helen, enquanto Anne Sullivan continua tentando fazê-la entender que aquilo é uma linguagem. A luta de Anne por fazer Helen compreender continua por todo o filme. No final, a chave que havia sido escondida por Helen no poço aparece como metáfora da “chave” para fazer Helen entender. Numa cena emocionante, Helen consegue finalmente compreender que aqueles movimentos em sua mão, que soletram W-A-T-E-R (água) significam aquela coisa, aquele líquido que ela tão bem conhece, e que aquilo é uma linguagem. Um prévio entendido de linguagem, no entanto, era necessário. É por isso que, em cena do início do filme, a mãe esclarece que Helen já sabia dizer “água” (pronunciava algo como “a” – “wah”, em inglês, water), quando tinha pouco mais de um ano, antes da doença. A chave para solucionar o problema estava ali, na água, escondida em um poço, no escuro, longe da luz e do som, posta lá pela própria Helen. O resultado desse trabalho, que desafiou todos os conceitos e preconceitos da época, é que Helen não apenas aprende a “falar”, mas, a partir daí significa e subjetiva toda sua vida, tornando-se uma escritora!

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